terça-feira, 30 de junho de 2015

Fichamento (BLIKSTEIN): Intertextualidade e polifonia: o discurso do Plano Brasil Novo. In: Dialogismo, Polifonia e Intertextualidade em Torno de Bakhtin.



BLIKSTEIN, Izidoro. Intertextualidade e polifonia: o discurso do Plano Brasil Novo. In: Dialogismo, Polifonia e Intertextualidade em Torno de Bakhtin/Diana Luz Pessoa de Barros e José Luiz Fiorin (orgs), 2. Ed., São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2003, p. 46-48, 2003.


p. 46 § 1
“[...] o discurso [...] nunca é totalmente autônomo. Suportado por toda intertextualidade, o discurso não é falado por uma só voz, mas por muitas vozes, geradoras de muitos textos que se entrecruzam no tempo e no espaço, a tal ponto que se faz necessária toda uma escavação “filológico-semiótica”
- o texto literário desorganiza o senso comum...
- a linguagem literária está para subverter a informação.

p. 46 § 1
“[...] O enunciador leva o destinatário a dois níveis de descodificação: um no plano de superfície, em que se capta o referente X (ilusório); outro, na estrutura profunda do intertexto, em que se absorve, inconscientemente, o referente Y (correspondente às “reais” intenções do enunciador)”

p. 46 § 3
“Consequentemente, no caso do Plano “Brasil Novo”, a comunicação linguística é utilizado como ilusionismo”, de modo a conduzir o povo a “enxergar” uma realidade que não existe.”

p. 47 § 4
“[...] A insistência numa adjetivação incisiva revela, no fundo, uma incerteza de quem fala...”.
- floreamento
p. 47 § 4
“Tudo parece indicar que o Governo tem dificuldades em lidar com a relação tão cara a linguística e a semiologia: língua/persuasão/conhecimento/realidade”

p. 48 § 1
“Há manipulação das mentes, a partir de uma articulação de dois níveis de discurso: um é o discurso metafórico em que, de forma maniqueísta, o governo (o bem) ataca a inflação (o mal) num campo de batalha [...] o outro é o discurso verbal e não-verbal do vencedor (o presidente no caso), que materializa a imaginária vitoriosa por meio de ações concretas [...]”

p. 48 § 1
“[...] o produto final do Plano “Brasil Novo” não é propriamente vencer a inflação mas, sobretudo, reiterar a imagem do presidente como vencedor.”




             
            Leandro Moreira da Luz é aluno da disciplina Literatura e outras linguagens: relações dialógicas no Programa de Pós-Graduação em Sociedade e Desenvolvimento da Universidade Estadual do Paraná. Campus de Campo Mourão – período 1/2014.

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