sábado, 23 de maio de 2015

Fichamento (BARROS): Dialogismo, Polifonia e Enunciação. In: Dialogismo, Polifonia e Intertextualidade em Torno de Bakhtin



BARROS, Diana L. P. Dialogismo, Polifonia e Enunciação. In: Dialogismo, Polifonia e Intertextualidade em Torno de Bakhtin/Diana Luz Pessoa de Barros e José Luiz Fiorin (orgs), 2. Ed., São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2003, p. 1-9, 2003.


p. 01 § 3
“ O Texto é considerado hoje tanto como objeto de significação, ou seja como um “tecido” organizado e estruturado, quanto objeto de comunicação, ou melhor, objeto de uma cultura, cujo sentido depende, em suma do contexto sócio histórico.”
- significação: se retirar o contexto o sentido pode ser  percebido ainda.
- comunicação: vale-se do contexto sócio-histórico, da cultura, etc.
p. 02 § 3
“[...] O autor acredita que o monologismo rege a cultura ideológica dos tempos modernos e a ele se opõe o dialogismo, característica essencial da linguagem e princípio constitutivo.”
- a leitura monológica não contribui para o indivíduo – cultura afirmativa...
p. 2-3 § 4
“O dialogismo decorre da interação verbal que se estabelece entre o enunciador e o enunciatário, no espaço do texto [...] Para o autor só se pode entender o dialogismo interacional pelo deslocamento do conceito de sujeito. O sujeito perde o papel de centro e é substituído por diferentes (ainda que duas) vozes sociais, que fazem dele um sujeito histórico e ideológico.”

p. 4 § 2-3
“Outro aspecto do dialogismo a ser considerado é o do diálogo entre muitos textos da cultura [...] Ponto de intersecção d e muitos diálogos, cruzamentos das vozes de linguagem socialmente diversificadas [...]”.

p. 5 § 5
“[...] Emprega-se o termo polifonia para caracterizar um certo tipo de texto, aquele em que se deixam entrever muitas vozes, por oposição aos textos monofônicos, que escondem os diálogos que os constituem.”
O poema de Cabral “tecendo a manhã”

p. 6 § 1
“[...] Os textos são dialógicos porque resultam do embate de muitas vozes sociais; podem, no entanto, produzir efeitos de polifonia, quando essas vozes ou algumas delas deixam-se escutar, ou de monofonia, quando o diálogo é mascarado e uma voz, apenas, faz-se ouvir.
A condição da linguagem é o dialogismo

p. 6 § 3
“Considerou-se discurso autoritário aquele em que se abafam as vozes dos percursos em conflito, em que se perde a ambiguidade das múltiplas posições, em que o discurso se cristaliza e se faz discurso da verdade única, absoluta e incontestável.”

p. 7 § 4
“O conceito de ambiguidade, da duplicidade, da ambivalência, enfim, é, por conseguinte, essencial para que se compreenda a carnavalização bakhtiniana.
Ruptura de regras, hierarquias, sem o mascaramento (que se usa o tempo todo)... contravenção... subversão...

p. 7 § 5
p. 8 § 1

“[...] Os discursos poéticos se caracterizam, em resuma, pela ambivalência intertextual interna que, graças à multiplicidade de vozes e de leituras, substitui a verdade “universal”, única e peremptória pelo diálogo de “verdades” textuais (contextuais) e históricas.”
“Diferenciam-se, portanto, dos discursos autoritários, graças à polêmica narrativa, à polifonia, à pluriisotopia figurativa, à expressão semi-simbólica, recursos pelos quais se obtem a visão do direito e do avesso do mundo e se mantém a polifonia interna das vozes que dialogam no texto.”
p. 8 § 3-4

“[...] o signo se torna arena onde se desenvolve a luta de classes [...] a língua não é neutra e sim complexa [...] As classes sociais utilizam a língua de acordo com seus valores e antagonismos.”
A língua é modificada sempre (VIVA)

p. 8 § 1

“[...] As noções de dialogismo, polifonia, ambivalência ou carnavalização pertencentes a um mesmo paradigma, dão identidade e unidade aos escritos de Bakhtin.”


      



            Leandro Moreira da Luz é aluno da disciplina Literatura e outras linguagens: relações dialógicas no Programa de Pós-Graduação em Sociedade e Desenvolvimento da Universidade Estadual do Paraná. Campus de Campo Mourão – período 1/2014.

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