BARROS, Diana
L. P. Dialogismo, Polifonia e Enunciação. In: Dialogismo, Polifonia e
Intertextualidade em Torno de Bakhtin/Diana Luz Pessoa de Barros e José Luiz
Fiorin (orgs), 2. Ed., São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2003,
p. 1-9, 2003.
p. 01 § 3
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“ O Texto é considerado hoje tanto como objeto de
significação, ou seja como um “tecido” organizado e estruturado, quanto
objeto de comunicação, ou melhor, objeto de uma cultura, cujo sentido
depende, em suma do contexto sócio histórico.”
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- significação: se
retirar o contexto o sentido pode ser
percebido ainda.
- comunicação: vale-se do
contexto sócio-histórico, da cultura, etc.
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p. 02 § 3
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“[...] O autor acredita que o monologismo rege a
cultura ideológica dos tempos modernos e a ele se opõe o dialogismo,
característica essencial da linguagem e princípio constitutivo.”
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- a leitura monológica
não contribui para o indivíduo – cultura afirmativa...
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p. 2-3 § 4
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“O dialogismo decorre da interação verbal que se
estabelece entre o enunciador e o enunciatário, no espaço do texto [...] Para
o autor só se pode entender o dialogismo interacional pelo deslocamento do
conceito de sujeito. O sujeito perde o papel de centro e é substituído por
diferentes (ainda que duas) vozes sociais, que fazem dele um sujeito
histórico e ideológico.”
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p. 4 § 2-3
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“Outro aspecto do dialogismo a ser considerado é
o do diálogo entre muitos textos da cultura [...] Ponto de intersecção d e
muitos diálogos, cruzamentos das vozes de linguagem socialmente
diversificadas [...]”.
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p. 5 § 5
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“[...] Emprega-se o termo polifonia para
caracterizar um certo tipo de texto, aquele em que se deixam entrever muitas
vozes, por oposição aos textos monofônicos, que escondem os diálogos que os
constituem.”
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O poema de Cabral
“tecendo a manhã”
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p. 6 § 1
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“[...] Os textos são dialógicos porque resultam
do embate de muitas vozes sociais; podem, no entanto, produzir efeitos de
polifonia, quando essas vozes ou algumas delas deixam-se escutar, ou de
monofonia, quando o diálogo é mascarado e uma voz, apenas, faz-se ouvir.
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A condição da linguagem é
o dialogismo
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p. 6 § 3
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“Considerou-se discurso autoritário aquele em que
se abafam as vozes dos percursos em conflito, em que se perde a ambiguidade
das múltiplas posições, em que o discurso se cristaliza e se faz discurso da
verdade única, absoluta e incontestável.”
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p. 7 § 4
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“O conceito de ambiguidade, da duplicidade, da
ambivalência, enfim, é, por conseguinte, essencial para que se compreenda a
carnavalização bakhtiniana.
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Ruptura de regras,
hierarquias, sem o mascaramento (que se usa o tempo todo)... contravenção...
subversão...
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p. 7 § 5
p. 8 § 1
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“[...] Os discursos poéticos se caracterizam, em
resuma, pela ambivalência intertextual interna que, graças à multiplicidade
de vozes e de leituras, substitui a verdade “universal”, única e peremptória
pelo diálogo de “verdades” textuais (contextuais) e históricas.”
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“Diferenciam-se, portanto, dos discursos
autoritários, graças à polêmica narrativa, à polifonia, à pluriisotopia
figurativa, à expressão semi-simbólica, recursos pelos quais se obtem a visão
do direito e do avesso do mundo e se mantém a polifonia interna das vozes que
dialogam no texto.”
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p. 8 § 3-4
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“[...] o signo se torna arena onde se desenvolve
a luta de classes [...] a língua não é neutra e sim complexa [...] As classes
sociais utilizam a língua de acordo com seus valores e antagonismos.”
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A língua é modificada
sempre (VIVA)
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p. 8 § 1
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“[...] As noções de dialogismo, polifonia,
ambivalência ou carnavalização pertencentes a um mesmo paradigma, dão identidade
e unidade aos escritos de Bakhtin.”
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Leandro Moreira da Luz é aluno da
disciplina Literatura e outras linguagens: relações dialógicas no Programa de
Pós-Graduação em Sociedade e Desenvolvimento da Universidade Estadual do
Paraná. Campus de Campo Mourão – período 1/2014.
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