segunda-feira, 6 de julho de 2015

Fichamento (CARVALHAL): O próprio e o alheio – Ensaios de literatura comparada.



CARVALHAL, Tânia Franco.  O próprio e o alheio – Ensaios de literatura comparada. São Leopoldo - RS: Editora da Universidade do Vale do Rio dos Sinos, 2003. p. 69-87.


p. 69 § 1-2
“...le texte unique vaut pour tous textes de la littérature non en ce qu´il les représente (les abstrait et les égalise), mais en ce qu´il les represente (les abstrait et les égalise), mais en ce que la littérature elle-même n´est jamais qu´um seul texte... O crítico francês alude, nesta passagem, a uma noção do comparativismo literário e à reflexão teórica sobre a literatura: a ideia de comunidade textual.”

p. 70 § 2
“... Foi com certeza o aparecimento de várias formas de expressão literária em latim vulgar, transmutado em línguas vulgares, que depois configuraram as diversas literaturas nacionais, o motivo provocador da reflexão sobre relações recíprocas e liames entre elas e além delas.”

p. 72 § 2
“...uma propriedade do texto literário, que se constrói como um mosaico de citações, como absorção e transformação de outro texto...”

p. 72 § 2
“... A teoria do texto, se fundamenta em três grandes premissas: a primeira, ‘que a linguagem poética é a única infinitude do código”, depois, que ‘o texto literário é duplo: escrita/leitura’ e, finalmente, que o texto literário é ‘um feixe de conexões’...”

p. 73 § 2
“... a palavra, que é ‘dupla’, pertence ao texto em questão e a outros, precedentes e diferentes também ao sujeito da escrita e ao destinatário.”

p. 74 § 3
“A intertextualidade, como propriedade descrita, passou a significar um procedimento indispensável das relações entre os diversos textos. Tornou-se chave para a leitura e um modo de problematiza-la”

p. 75 § 3
“É, portanto, na trama do que se perde e do que se recupera, na alternância de esquecimento e memória do que se lê que se organiza a continuidade literária, tal como ela se manifesta em cada texto...”

p. 76 § 1
“... a intertextualidade aponta para a sociabilidade da escrita literária, cuja individualidade se afirma no cruzamento de escritas anteriores.”

p. 76 § 1
“...ler um texto é lança-lo num espaço interdiscursivo e na relação de vários códigos, que são constituídos pelo ‘diálogo entre textos e leitura’...”

p. 76 § 3
“...A contribuição do conceito para o estudo de literatura comparada é visível e essencial... A alteração é substantiva: se a noção de influência tendia a individualizar a obra, sobrepondo o bibliográfico ao textual e impondo uma causalidade determinista na produção literária, a de intertextualidade, ao designar os sistemas impessoais de interação textual, coletiviza a obra...”“

p. 77 § 4
“Graças a reflexão teórica sobre o conceito de intertextualidade, a noção de influência aos moldes tradicionais se tornou inoperante como também a tese da dependência dela decorrente...”

p. 78 § 1
“...como e em que medida a apropriação de uma fonte contribuía para a configuração pessoal daquela obra e para sua inserção no conjunto maior do literário, ao aderir uma tópica que integra a linguagem convencional, a temática ou os procedimentos técnicos comuns aos escritores...”

p. 78 § 2
“...como o tecido da obra literária é uma encruzilhada secular na qual vem bater toda a aventura espiritual do ocidente...”

p. 79 § 2
“... tais escolhas se prendiam tanto quanto possível, naqueles tempos, a convenções e padrões comumente aceitos e dependiam, em muito menor grau do que hoje, d eum critério pessoal...”

p. 81 § 1
“...A literatura comparada tem o imenso mérito de combater o falso isolamento das histórias literárias nacionais...”

p. 83 § 3
“A ampliação e mesmo complementação das propostas de Even Zohar... pode ser dada pelos estudiosos de Bratislava... que desenvolveram a noção de ‘comunidades interliterárias’, visando ao estabelecimento de um sistema teórico e metodológico coerente para as relações literárias... intentam definir conceitos e categorias que possibilitem interpretar melhor as relações que asseguram sua conformação e continuidade...”

p. 84 § 1
“...cada literatura nacional pode tornar-se, ao longo de seu desenvolvimento histórico, um componente de várias comunidades interliterárias, mas se constituindo essas em sistemas fechados ou invariáveis...”

p. 85 § 2
“... Os estudos mais recentes sobre comunidade interliterárias fogem do esquematismo e ao determinismo mecânico... no qual há a preocupação em ultrapassar os conceitos fixados de ‘diferença cronológica” ou de ‘atraso’ dizendo ele não ser possível reduzir o processo literário ao fator cronológico, pois ele tem cadências próprias...”

p. 86 § 2
“...Com o embasamento teórico que recebe por sua aproximação à teoria literária, a literatura comparada tente a acentuar a generalização em detrimento da simples comparação entre elementos e ampliar os seus domínios numa perspectiva interdiscursiva e interdisciplinar...”




             
            Leandro Moreira da Luz é aluno da disciplina Literatura e outras linguagens: relações dialógicas no Programa de Pós-Graduação em Sociedade e Desenvolvimento da Universidade Estadual do Paraná. Campus de Campo Mourão – período 1/2014.

           

           

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