CARVALHAL, Tânia Franco. O próprio e o alheio – Ensaios de literatura
comparada. São Leopoldo - RS: Editora da Universidade do Vale do Rio dos Sinos,
2003. p. 69-87.
p. 69 § 1-2
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“...le texte unique vaut pour tous textes de la
littérature non en ce qu´il les représente (les abstrait et les égalise),
mais en ce qu´il les represente (les abstrait et les égalise), mais en ce que
la littérature elle-même n´est jamais qu´um seul texte... O crítico francês
alude, nesta passagem, a uma noção do comparativismo literário e à reflexão
teórica sobre a literatura: a ideia de comunidade textual.”
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p. 70 § 2
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“... Foi com certeza o aparecimento de várias
formas de expressão literária em latim vulgar, transmutado em línguas
vulgares, que depois configuraram as diversas literaturas nacionais, o motivo
provocador da reflexão sobre relações recíprocas e liames entre elas e além
delas.”
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p. 72 § 2
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“...uma propriedade do texto literário, que se
constrói como um mosaico de citações, como absorção e transformação de outro
texto...”
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p. 72 § 2
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“... A teoria do texto, se fundamenta em três
grandes premissas: a primeira, ‘que a linguagem poética é a única infinitude
do código”, depois, que ‘o texto literário é duplo: escrita/leitura’ e,
finalmente, que o texto literário é ‘um feixe de conexões’...”
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p. 73 § 2
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“... a palavra, que é ‘dupla’, pertence ao texto
em questão e a outros, precedentes e diferentes também ao sujeito da escrita
e ao destinatário.”
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p. 74 § 3
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“A intertextualidade, como propriedade descrita,
passou a significar um procedimento indispensável das relações entre os
diversos textos. Tornou-se chave para a leitura e um modo de problematiza-la”
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p. 75 § 3
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“É, portanto, na trama do que se perde e do que
se recupera, na alternância de esquecimento e memória do que se lê que se
organiza a continuidade literária, tal como ela se manifesta em cada texto...”
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p. 76 § 1
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“... a intertextualidade aponta para a
sociabilidade da escrita literária, cuja individualidade se afirma no
cruzamento de escritas anteriores.”
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p. 76 § 1
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“...ler um texto é lança-lo num espaço
interdiscursivo e na relação de vários códigos, que são constituídos pelo
‘diálogo entre textos e leitura’...”
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p. 76 § 3
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“...A contribuição do conceito para o estudo de
literatura comparada é visível e essencial... A alteração é substantiva: se a
noção de influência tendia a individualizar a obra, sobrepondo o
bibliográfico ao textual e impondo uma causalidade determinista na produção
literária, a de intertextualidade, ao designar os sistemas impessoais de
interação textual, coletiviza a obra...”“
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p. 77 § 4
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“Graças a reflexão teórica sobre o conceito de
intertextualidade, a noção de influência aos moldes tradicionais se tornou
inoperante como também a tese da dependência dela decorrente...”
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p. 78 § 1
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“...como e em que medida a apropriação de uma
fonte contribuía para a configuração pessoal daquela obra e para sua inserção
no conjunto maior do literário, ao aderir uma tópica que integra a linguagem
convencional, a temática ou os procedimentos técnicos comuns aos escritores...”
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p. 78 § 2
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“...como o tecido da obra literária é uma
encruzilhada secular na qual vem bater toda a aventura espiritual do ocidente...”
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p. 79 § 2
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“... tais escolhas se prendiam tanto quanto
possível, naqueles tempos, a convenções e padrões comumente aceitos e
dependiam, em muito menor grau do que hoje, d eum critério pessoal...”
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p. 81 § 1
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“...A literatura comparada tem o imenso mérito de
combater o falso isolamento das histórias literárias nacionais...”
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p. 83 § 3
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“A ampliação e mesmo complementação das propostas
de Even Zohar... pode ser dada pelos estudiosos de Bratislava... que
desenvolveram a noção de ‘comunidades interliterárias’, visando ao
estabelecimento de um sistema teórico e metodológico coerente para as
relações literárias... intentam definir conceitos e categorias que
possibilitem interpretar melhor as relações que asseguram sua conformação e
continuidade...”
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p. 84 § 1
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“...cada literatura nacional pode tornar-se, ao
longo de seu desenvolvimento histórico, um componente de várias comunidades
interliterárias, mas se constituindo essas em sistemas fechados ou
invariáveis...”
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p. 85 § 2
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“... Os estudos mais recentes sobre comunidade
interliterárias fogem do esquematismo e ao determinismo mecânico... no qual
há a preocupação em ultrapassar os conceitos fixados de ‘diferença
cronológica” ou de ‘atraso’ dizendo ele não ser possível reduzir o processo
literário ao fator cronológico, pois ele tem cadências próprias...”
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p. 86 § 2
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“...Com o embasamento teórico que recebe por sua
aproximação à teoria literária, a literatura comparada tente a acentuar a
generalização em detrimento da simples comparação entre elementos e ampliar
os seus domínios numa perspectiva interdiscursiva e interdisciplinar...”
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Leandro Moreira da Luz é aluno da
disciplina Literatura e outras linguagens: relações dialógicas no Programa de
Pós-Graduação em Sociedade e Desenvolvimento da Universidade Estadual do
Paraná. Campus de Campo Mourão – período 1/2014.

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