quinta-feira, 2 de julho de 2015

Fichamento (JENNY): A Estratégia da Forma. IN: Intertextualidades. Poétique – Revista de teoria e análise literária.



JENNY,  Laurent. A Estratégia da Forma. IN: Intertextualidades. Poétique – Revista de teoria e análise literária. Coimbra: Livraria Almedina, 1979. p. 5-27.


p. 5 § 1
“... Fora da intertextualidade, a obra literária seria muito simplesmente incompreensível... Fora dum sistema, a obra é pois impensável...”

p. 7 § 2
“... Por exemplo, o dogma da imitação,  é também um convite a uma leitura dupla de textos e à decifração da sua relação intertextual com o modelo antigo. Os modos de leitura de cada época estão, portanto, igualmente inscritos nos respectivos modos de escrita.”

p. 8 § 2
“Harol Bloom... todo o poeta sofre uma angústia da influência que o levaria a modificar os modelos que o seduzem, segundo múltiplas figuras... Na realidade, só vê na história literária uma sequência de conflitos de gerações, ciosas de se afirmar na sua originalidade...”

p. 8 § 3
“ ...toda a memória literária resulta da incapacidade de memorização própria dos média duma época...”

p. 10 § 1
“...Não se pode portanto deixar de perguntar, em relação a cada época, quem detém os media e como são esses media utilizados...”

p. 11 § 2
“... Se a intertextualidade nos parece hoje essencialmente ligada à poeticidade e à evolução literária, a sua compreensão enquanto tal é relativamente nova...”

p. 13 § 1
“... Tynianove... Sugere a hipótese de que toda a obra literária se constrói como uma rede dupla de relações diferenciais: 1° com textos literários pré-existentes; 2° com sistemas de significação não literários, como as linguagens orais...Kristeva, qualquer texto se constrói como um mosaico de citações e é absorção e transformação dum outro texto...”

p. 8 § 2
“...o texto literário passa a ser o lugar de fusão dos sistemas de signos originários das pulsões e do social, e escusado é dizer que qualquer leitura pressupõe uma teoria acabada do sujeito e da sua relação como o social, o que ultrapassa em geral a ambição do poeticista...”

p. 16 § 1
“...Ao remodelar a representação ao seu bel-prazer como  um novo material transformável, a intertextualidade segue vias que evocam por vezes o trabalho do sonho sobre representações-lembranças.”

p. 17 § 1
“... o código impõe a si mesmo como limites a prescrição  dum certo número de estruturas a realizar – estruturas que são igualmente semânticas e formais, e que formam assim uma espécie de arquitexto...“

p. 23 § 1
“O problema da intertextualidade é fazer caber vários textos num só, sem que se destruam mutuamente, e sem que o intertexto... se estilhace como totalidade estruturada...”

p. 23 § 2
“Os Anagramas. É a solução de maior virtuosidade, mas também a menos praticável, para o problema da intertextualidade. Consiste... em dispersar no espaço dum textos os fonemas duma ou mais palavras, que se evidenciam à atenção do leitor perspicaz por uma redundância particular e pela presença daquilo que Saussure chama manequins...”



             

            Leandro Moreira da Luz é aluno da disciplina Literatura e outras linguagens: relações dialógicas no Programa de Pós-Graduação em Sociedade e Desenvolvimento da Universidade Estadual do Paraná. Campus de Campo Mourão – período 1/2014.

           

           

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