Terminamos a última conversa falando sobre o pecúlio, a moeda: o gado que se tornou o bem alienável por excelência, por conta que este estaria, segundo a classificação romana, mais do que qualquer outro bem da família, mais próximo das "coisas que passam", isto é, comerciáveis.
Mauss associa essas "coisas que passam" a idéia de tradição. E novamente busca na etimologia, sendo a raiz da palavra que significa "comércio" é próxima da palavavra em inglês: (trade). A idéia é as coisas que criam vínculos espirituais: tradição. Neste sentido, tradição é aquilo que fica depois que tudo passa.
Mauss, também, nota que a noção romana de réu, antes de assumir o sentido de “culpado”, indicava o homem possuído pela coisa. A “inferioridade espiritual” que caracterizaria aquele que recebe algo seria uma “quase culpa”. (MAUSS, 1974, p. 140).
Leandro Moreira é economista e aluno do Curso de Direito da Faculdade Integrado de Campo Mourão - PR, período 2015.2
Leandro Moreira é economista e aluno do Curso de Direito da Faculdade Integrado de Campo Mourão - PR, período 2015.2

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